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"A pandemia é a metáfora perfeita dos maiores pecados da nossa civilização. Ela nos obriga a enfrentar sozinhos, numa comovente e árdua guerra interior e social, os demônios que nós próprios criamos e alimentamos."

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"Nosso laboratório interno, orgânico, forjado ao longo de tantas eras, é mais barato, confiável e poderoso do que os laboratórios científicos. As vacinas nunca serão a melhor arma contra os vírus. A maior arma é a fortaleza do próprio corpo."

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"Quando a humanidade se consolidou como maior vírus [macroscópico] do planeta, quando nosso verbo se degenerou em virbus [“No princípio era o verbo”, e no final, será o virbus], quando a economia, a política, a linguagem, a publicidade, a [des]comunicação e a própria sociedade entraram em modo virótico – passando a funcionar e se perpetuar massivamente via contágio, proliferação, parasitismo e mutação desvinculada da realeza interior – a chegada triunfal do corona era uma questão de tempo."
 

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"Tanto já foi dito sobre a pandemia, e ainda é tão pouco! Quando há “palavras que nunca são ditas”, e “muitas vozes repetindo a mesma frase”, melhor buscar nossa própria voz, e ofertá-la, ainda que para poucos, pouquíssimos, vindouros, ou historiadores."

[Wagner Uarpêik]

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