top of page

NOMADEIA

994 dias pela América do Sul e Tobago

366 páginas / 2022 / 1 edição / editoras Espreita e Offset

 

relato de viagem literatura

"O jovem escritor e antropólogo Wagner Uarpêik viajou pela Amazônia, Andes, Caribe e Pampas por quase 3 anos, numa exótica aventura à la "On the road", "Livre" e "Na Natureza Selvagem". O mochileiro nordestino vendeu tudo e caiu na estrada, numa longa jornada para dentro e para fora".

Francisco Huachalla, editor

"A civilização havia se sentado, e eu estava de pé, regressando ao nomadismo bípede. Meu corpo era minha verdadeira casa."

Wagner Uarpêik

["Nomadeia"]

ASSISTA O BOOK TRAILER [TEASER]

fazer mochilão sozinho
on the road
literatura potiguar
nomade
nomade
escritores brasileiros atuais
antropólogos brasileiros
nomade
mochilão américa do sul
relato de viagem literatura
antropólogos brasileiros

“NOMADEIA transporta o tripulante ao longo de uma jornada de quase 1000 dias pela América Latina. Enquanto a maioria das pessoas habitava a mesma casa, gente e cidade, um errante nordestino estava em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela, ou Trindade e Tobago.

 

Nesse relato de viagem autobiográfico, o leitor testemunha de perto uma inusitada saga entre culturas e paixões, índios e metropolitanos, bicos e caronas, festas e desertos, ilhas e montanhas, convulsões políticas e o sentido da vida.

 

A jornada do escritor natalense é um singular "romance de estrada" com fortes doses de antropologia, poesia, comédia,  filosofia, e espiritualidade."

[Francisco Huachalla]
 

DEGUSTE ALGUNS TRECHOS

DE "NOMADEIA"

* * *

"A grande jornada me conduziria ao destino prometido em sonhos, oráculos, visões. O diploma condenava: “Bacharel em Ciências Sociais”. A vida ainda soletrava: missão desconhecida. “Ainda sou estudante da vida que eu quero dar”: teimava Belchior, e McCandless botava pra quebrar."

* * *

"Viagem é um estado de espírito. Uma forma de consciência, ou melhor: a própria consciência!"

* * *

"Numa estrada desconhecida, um desconhecido sabe que espera pela carona de um desconhecido que se dirige a um lugar desconhecido, num dia desconhecido, por razões desconhecidas. Ele apenas ri, ri e ri: pois compreendeu a essência do caminho."

* * *

"Atravessamos rajadas de vento gélido, puro e poderoso ao lado de montanhas colossais, vastas florestas, e cortinas brumosas. Parávamos para comer e/ou descansar entre três e sete vezes por dia. Quase sempre dormíamos em uma das zonas de camping organizadas ao longo da trilha. Pelo menos metade dos almoços e jantas foram preparados num fogareiro a gás. Às vezes éramos ultrapassados por grupos de muleiros e comboios turísticos. Mais raramente, cruzávamos com mochileiros europeus desacompanhados que voltavam de Choquequirao."

* * *

"Em algum lugar da América, troquei os chapéus, ganhei dinheiro sorrindo e improvisando, e vi a miséria escorrer sobre o continente: uma mancha morena, grosseira e barulhenta castigando paisagens. Comi francos banquetes, e poupei pão amassado; falei tudo demais, e inventei tudo outra vez; fui qualquer um, e também fui santo. Finalmente, quando a alegria acabava, o corpo secava, e a alma ardia, eu era apenas mendigo, e também soberano, sem fronteiras, e cada vez mais da minha terra. Comi e bebi com elites perfumadas, fugi da polícia e dos turistas, dancei com ciganos, meditei com monges, aprendi com índios, e no fim da noite, bingo!: pois eu partia com os piratas!"

* * *

"Então cruzarei a América. Nossa desconhecida América! Aquela intocada por seus filhos mui delicados. A esquecida pelas férias da civilização. Longe, bem longe do turismo de pasto, dormirei em silêncio!" [...] Aprender tupi ou quechua. Percorrer as montanhas, matos e mares desta terra esquecida. Ir ao que restou do Velho Mundo. Este que a América Latrina não reconhece bem em suas próprias entranhas, por tanto tempo removidas e devoradas ainda vivas!."

* * *

"Nos dirigimos à Amazônia Equatoriana com o objetivo de morar com os Kantuash-Shuar da comunidade Tawasap’: povo instalado na área florestal que denomina de Yawints’. Interessados em compreender sua filosofia guerreira, e provar a planta de poder “nateem”, tivemos como mestre cotidiano o mensageiro do grupo: Tzama, respeitado curandeiro, guerreiro, e delegado político local. Fui até lá para aprender com os Shuar; não para estudá-los. Um projeto muito mais antropofágico que propriamente “antropológico”, portanto."

* * *

"Ah brincadeira vadia e preguiçosa! Dar a volta ao redor da América de Baixo, ou do globo terrestre, não é difícil: enquanto houver tempo, dinheiro, ou apenas coragem, os deuses da estrada provarão que o mundo é nosso. Cruzar um continente, blasfemar contra o passado e o futuro, e não morar em lugar algum, é para principiantes. Difícil é se reconhecer nos espelhos da estrada. Difícil é dar a volta ao redor de si próprio."

 {{ acesse a ERRATA da primeira edição }}  

mochilão américa do sul
70 reais
bottom of page