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  MEU TEXTO, MINHAS REGRAS

[GUIA DE ESTILO]

Ao contrário de quando traduzo, reviso ou redato por encomenda, minha escrita “modo escritor”, ou seja, a realmente soberana, segue algumas regras idiossincráticas, e pode transgredir – voluntariamente – várias normas gramaticais. Tipo assim:

 

1) ALGUMAS TRANSGRESSÕES

 

* uso itálico para palavras oriundas de outros idiomas que me parecem mais estranhas que as mais familiares.

 

* minha vírgula e meu ponto e vírgula servem para sinalizar e aconselhar pausas respiratórias na leitura [menores ou maiores, respectivamente]. A imprevisível dupla nem sempre viola as regras da "língua culta", inclusive para evitar certas ambiguidades semânticas.

 

* uso "por que" em todas as situações interrogativas, "porque" nas não interrogativas, e "porquê" e "por quê" como, possivelmente, ensinam a maioria dos gramáticos.

 

* uso colchetes [ ] para demarcar digressões e aprofundamentos que não devem necessariamente ser lidos no fluxo comum, "linear", do texto; uso chaves { } para demarcar trechos suprimidos e comentários dentro de citações e transcrições de falas; uso travessões --  entre trechos que quero ressaltar; e parênteses ( ), entre trechos que quero resguardar. Gosto que o conteúdo entre colchetes e chaves seja lido entre pausas livres, pessoais, como bolhas que flutuam soltas da pista principal. Gosto que o conteúdo entre travessões e parênteses seja lido entre pausas similares às da vírgula, ou seja: uma breve pausa de respiração [como uma rápida passagem de marcha de quem dirige um veículo].

 

* escrevo certas palavras como são faladas – e não necessariamente pela maioria.

 

* escrevo os numerais por extenso ou não, segundo critérios, por assim dizer, estéticos e funcionais. Costumo usar algarismos para evidenciar quantificações que considero mais importantes, por exemplo. Normalmente evito usar algarismos romanos, inclusive quando se trata de numerar século.

 

* gosto de colocar um ponto após o terceiro dígito dos números com mais de 5 dígitos ou mais de três zeros juntos, para ajudar o leitor.

 

* uso os pontos cardeais com inicial minúscula quando indicam direções, orientações, e sentidos espaciais.

 

* frequentemente uso os chamados pronomes oblíquos segundo a língua falada ou alguma preferência sonora pessoal, contrariando as normas de concordância exigidas pelos gramáticos.

 

2) ALGUMAS INVENÇÕES

 

Posso usar experimentos e neologismos nem sempre fáceis de notar para quem não entende espanhol e/ou inglês. Por exemplo: fusão ou agregamento de palavras de idiomas diferentes numa mesma palavra ou expressão; e uso de aspas em nomes ou títulos de livros, revistas, jornais, filmes, músicas, álbuns...

 

Seria chato listar todas as regras que não sigo, e todas as regras e variações que pratico. Prefiro que sejam descobertas. Você, a essa altura, também, certamente.

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